Depoimentos

Satyam Jemima, 40, artista plástica e massoterapeuta ayurverda

Morar na comunidade para mim é um grande desafio, viver com um monte de pessoas diferentes. Eu era solitária, aparentemente era social, mas no fundo era sozinha e aqui sou obrigada a conviver com 55 pessoas, mais ou menos. E olha, muitas vezes quero me esconder, mas depois de um tempo não rola mais, é impossível, não tem escapatória, ainda bem! Nas reuniões vêm à tona questões de cada um, desde grana a relacionamento. Me espelho no outro e isso me ajuda a crescer um monte, me ajuda a me enxergar e enxergar o outro com outros olhos e com compaixão. E me perdoar sem acomodar. Aqui é uma escola de reaprender a ser humano, de reconexão com meu coração, minha criatividade (a qual deixei abandonada por vários anos e a qual é a minha grande paixão), de me relacionar com outros e de viver a minha sexualidade de uma forma natural e conectada com o coração. A gente faz juntos coisas maravilhosas e com muito amor porque buscamos dentro de nós e encaramos nossas dificuldades.

Prem Avkash, 29, produtor audiovisual 

Morar na Comunidade é um presente. Não conheço qualquer lugar no mundo que lute tanto pelo ser humano, como aqui. Estou cercado de amigos que amo e que me amam. Que querem o melhor do meu ser, que não toleram pouco, que não aceitam a mediocridade, que dizem não a miséria. Com tanta loucura pelo mundo, esse é um espaço que me permite estar consciente de mim. E a qualquer momento de resistência em enfrentar os meus medos, outras pessoas me apoiam, e me ajudam a enxergar do que fujo. Aqui tenho o apoio pra ir adiante, pra ir além. Amo esse lugar!

Sérgio Akash, 35 anos, sócio diretor da Zarabatana Digital 360 

 Viver em comunidade é um desafio e um êxtase. Desafio, pois sentir é um desafio, ser realmente verdadeiro consigo mesmo e com os outros é um desafio, amar e ser amado com profundidade é um desafio. Encarar os confrontos, os conflitos e crescer é um desafio. Não deveria ser assim, mas é! É, porque cresci num ambiente individualista, político e competitivo, onde a imagem abre muitas portas, onde “o que você é?” prevalece sobre “quem você é?”, onde a razão prevalece sobre a emoção e assim faz a gente confiar mais na cabeça do que no coração. A vida em comunidade me proporciona todo o outro lado disso. Ela me ajuda a enxergar quem realmente sou, tanto meu lado negro, quanto minha beleza. Aqui tenho amigos que realmente se importam com minha vida, que me enxergam, que brigam comigo quando necessário, que vibram com minhas conquistas, que choram minhas dores, que compartilham a abundância e os momentos de prazer, que me apoiam, que são REAIS… Reais no que sentem, no amor, na raiva, na dor, no tesão. Sou pai de uma menina de 5 anos, ver minha filha crescer aqui, aprender sobre a vida, se relacionar com outras crianças e um monte de gente bacana, ver a alegria dela e a liberdade que ela está vivendo, me dá paz no coração. Essa dose de realidade que a comunidade me proporciona é a vida. Viver aqui na comunidade Osho Rachana, pra mim é isso: VIDA.