Investigar sua questão edipiana.

A criança experimenta sua energia na relação com as pessoas com as quais convive, especialmente as que ela mais confia, geralmente os pais. Chega um determinado momento em que o menino ou a menina, aí pelos 5 ou 6 anos, começa a experimentar a sua energia com o sexo oposto. Porque isso é muito atrativo, diferente, existe aí uma polaridade. Então ela projeta sua energia, inclusive sexual, não porque ela quer transar, mas para ser reconhecida, validada em seu florescimento de energia feminina ou masculina. O menino vai buscar esta troca com a mãe e a menina, com pai.

É muito importante neste momento a atitude que os pais tem. Se eles não conseguem lidar com esta energia que a criança projeta, que é o que normalmente ocorre, isto tem um efeito devastador na criança. Com frequencia os pais, com seus próprios condicionamentos e repressões sexuais, ficam desconfortáveis com esta situação, tão viva e desafiadora. Daí a escolha (inconsciente) pode ser não reconhecer esta energia da criança, ignorando-a, ou então reprimi-la ou ainda estimulá-la de uma forma adulta, desconectada das necessidades da criança. Todas estas formas deturpadas de “lidar” com a situação terão grandes efeitos sobre a sexualidade da criança.

As crianças precisam que os pais tenham uma maturidade sexual para lidar com essa situação que é natural. Muitos problemas no relacionamentos adultos – ciúme, dependência, necessidade de controlar, dificuldade em se entregar, etc., nascem aí, devido à maneira deficiente com que o pai e a mãe lidaram com a situação.

Se você não tem nenhuma memória sobre a questão edipiana na sua infância, isso não quer dizer que ela não existiu, mas, mais provavelmente, que ela foi fortemente reprimida ou condenada. Ainda que você não perceba, isto acaba te trazendo grandes dificuldades nos relacionamentos.

Vale a pena trazer à consciência estas questões e libertar todo potencial pro amor e preenchimento sexual preso nelas!

Uma dica: leia o capítulo “A Traição do Amor” do livro Alegria de Alexander Lowen.