Amor

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O amor é o que nos torna humanos. Talvez você pense que você é humano pelo pensamentos, pela cabeça, pelas idéias articuladas. Ora, Adolf Hitler, o maior cafajeste da história, pensava e raciocinava. Você o considera humano? Goebbels e todos os outros canalhas incinerando pessoas, são humanos? Stalin, mandando milhares de pessoas congelarem na Sibéria, é humano? Os outros exemplos você sabe!

Todos eles pensavam e raciocinavam bem. Que eu saiba nenhum deles era analfabeto. Logo, essa premissa de que a capacidade de pensar é que nos torna humanos está equivocada. A capacidade de amar é o que nos torna humanos! Amar a si próprio e amar aos outros é o que realmente nos torna humanos. Isso sim, traz qualidade e alegria para vida.

“Mais do que máquinas, precisamos de humanidade;

Mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura.

Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.”

(Discurso no filme “O Grande Ditador”, de Charles Chaplin .)

O amor é o sentido da vida. É a alegria, a conexão, é o que nos tira da cabeça, da lógica, o que nos faz nos encantarmos com uma flor, com uma estrela, uma música, uma atitude bonita. Aquilo que nos traz doçura. Eu sei que a palavra amor ficou muito prostituída, usada desesperadamente pelas religiões, políticos, grandes artistas, grandes empresários, todo mundo ama todo mundo! A palavra ficou tão surrada e tão desgastada, que ninguém mais acredita. Porque o amor não vem da cabeça, vem do coração! E o nosso coração está perturbado desde a nossa infância.

O amor era uma coisa natural. Aliás, toda criança vem para o mundo cheia de amor, com mais amor que ela pode conter. As crianças são feitas da matéria amor e não esqueça que você foi uma criança. Por favor, não esqueça. Por isso uma criança é tão bonita, por isso todo mundo adora um bebê. Todo mundo adora uma criança, porque seu amor ainda não foi perturbado, não foi distorcido. Mas logo a criança aprende regras: para você ser amado você tem que fazer isso, aquilo e aquele outro, para você ser amado tem que ser desse e daquele jeito.

E começam a transformar o amor numa mercadoria e não deixam esse amor crescer espontaneamente.

Muitas vezes as crianças são sugadas no seu amor pelos adultos e essa criança vai crescendo e se tornando cada vez mais cética, mais fechada, cada vez com mais medo de amar. Pouco a pouco ela para de expressar seu amor, mas essa fonte de amor está dentro de você. Por mais mal que você esteja na vida, por mais desgraçado que você se ache, essa fonte continua dentro de ti. Tendo 30, 40, 50, 80 anos… essa fonte continua aí e a todo o momento ela pode ser regatada.

Qual é a graça da vida sem viver grandes amores? Me explica, tem alguma graça? Ter dinheiro, jóias, viagens, carros e status. Nem chegam perto da alegria de um grande amor. Você acredita que possa existir algo mais precioso do que o amor? O nosso conceito de amor está totalmente distorcido. Nós sentimos um amor pegajoso, muitas vezes sufocante, opressor, possessivo, dominador, isto não é amor! Amor é liberdade, é verdade, tesão! E nós temos que resgatar essa naturalidade. Para isso vamos ter que chorar muitas dores, colocar muita raiva para fora, por todos os desamores que vivemos na nossa infância. Vamos ter que berrar muito e socar muitas almofadas para colocar isso para fora! Para que seu coração volte a pulsar e você possa retomar o amor na sua vida, O Namastê pode ser um dos passos importantes para essa retomada.

Viver a vida sem amor é igual a fazer uma viagem transatlântica trancado num porão do navio.

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