Mulheres Perfeitas

Tempo de leitura: 2 minutos

"mulheres perfeitas"Muitas vezes sinto ódio dos homens. Por desejarem “mulheres perfeitas”, boas esposas, ótimas mães, sempre alegres e ainda por cima gostosas.

Quando entro em um relacionamento, fico obcecada por esta tal perfeição. Do mesmo modo com medo de não ser aceita, amada, para ser feliz para todo o sempre.

Por vezes o companheiro nem falou nada, e eu já estava lá, na busca frenética por esta “perfeição”. Porém, na minha guerrilha pessoal feminista me deparo com um grande e poderoso adversário: EU MESMA!

Sou eu a louca:

Que por ciúmes, quer que todas as amigas – inclusive as que mais amo – morram.

Sou eu a louca que não fica lubrificada na hora “H” por falta de jeito e paciência do homem. Ainda assim se sente frígida.

Ainda assim, sou eu a louca que, na hora de mostrar meu trabalho aos outros, pede para um colega do sexo masculino fazê-lo.

Sou eu a louca que se sente incompleta. Bem como ao invés de ir fundo neste vazio até encontrar o ponto crucial desse buraco, entra numa busca desesperada por um homem que a complete.

Sou eu a louca que busca um homem que me dê aquilo que me faltou na infância. Aquilo que meu pai e minha mãe deviam de ter me dado. Então, eles é que deviam ter alimentado e fortalecido meu ser, para eu crescer uma criança e uma adulta mais confiante.

Contudo, quando tenho que me portar como as tais “mulheres perfeitas”, eu nego muito da minha intuição, do meu instinto, criatividade e sexualidade. Um grande sonho feminino é a liberdade de podermos ser quem somos. Simples assim. Queremos a liberdade de ser bonita e feia, de ser engraçada e chata, forte e frágil, sexual e assexuada, santa e louca.

Mas, principalmente, nosso maior desejo, nossa maior luta, é a de não precisarmos assumir personagens que não somos. Porém, nossa luta, além de externa, também é interna. Por isso, ir na fonte desse buraco que temos é essencial para recuperar nosso amor por nós mesmas, e a beleza de ser quem se é.

Enfim, se tu achou este texto interessante, dá uma olhadinha nesse aqui “Cândida, o emocional vetando a sexualidade!” e segue a gente lá no insta.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *